Pai, o que
eu teria feito de diferente se eu soubesse o dia que você morreria? A primeira
coisa que me vem à cabeça é: teria passado mais tempo com você. Então, o que
faríamos nesse tempo juntos? Nós faríamos, principalmente, o que você mais
gostava: assistir filmes, nós veríamos um monte de filmes juntos, os seus
preferidos.
Eu te daria
mais carinho, te daria mais abraços e beijos, diria mais vezes 'eu te amo'.
Nunca brigaria com você, mesmo que eu discordasse da sua opinião. Eu te pediria
perdão se algum dia te magoei. Já que eu não sabia o dia que você iria embora,
por quê eu não fiz tudo isso antes, enquanto você estava aqui?
Isso não
importa. Não adianta, se eu tivesse feito isso, ainda me cobraria: por quê eu
não fiz mais? Eu sei disso, porque o meu amor por você é tão grande, que não
conseguiria demonstrar em atitudes.
Mas é que você deixou saudade. Sabe, quando menos espero estou pensando em você. Que saudade do seu abraço e do seu beijo que você fazia questão de me dar a cada chegada e despedida, de quando saíamos para lanchar, dos filmes que assistíamos juntos...
Mas é que você deixou saudade. Sabe, quando menos espero estou pensando em você. Que saudade do seu abraço e do seu beijo que você fazia questão de me dar a cada chegada e despedida, de quando saíamos para lanchar, dos filmes que assistíamos juntos...
Saudade da
sua voz, do seu jeitinho, da sua teimosia, das suas piadas sem graças, das suas
teorias engraçadas (como quando dizia: “cabeça é apelido de crânio”, “uma
pessoa não morre, ela falece”) de quando a gente ria juntos das bobagens que nós
dizíamos. Saudades de cada momento que passamos juntos.
Às vezes, ao invés de
me lamentar, tento ser agradecida a Deus pelo tempo que passamos juntos. Por você
ter tido tempo de vivenciar algumas de minhas conquistas, por ter sentido
orgulho de mim, por ter sido a frase: ‘eu te amo pai’ a última que você me ouviu dizer antes
de partir, por ter te dado um abraço antes de você ir embora, por termos nos aproximado mais nos últimos meses e demonstrado um
ao outro o quanto nos amamos (quantas pessoas tem essa chance?).
Fizemos
tantos planos, como se fossemos viver para sempre, e agora, você não está aqui.
É estranho pensar na minha vida sem você, o que será das realizações dos meus
sonhos sem você para compartilhar comigo? parece que tudo não terá mais o mesmo
gosto. De vez em quando, me questiono sobre o sentido da vida, se realmente um dia irei
te reencontrar, se você está em algum lugar me vendo e sentindo saudades de mim
também.
De tudo
isso que aconteceu, eu só tenho certeza de uma coisa: você não está aqui
fisicamente, mas nos meus pensamentos você sempre estará vivo. Eu pensarei em
você todos os dias da minha vida, serão pensamentos doces, mesmo que algumas
vezes sejam acompanhados de lágrimas.
Você não
está aqui, mas está em mim. Talvez na semelhança de algum traço físico ou de
personalidade, em algumas de minhas atitudes que são frutos dos valores que aprendi com você e, principalmente, estará nas realizações dos meus sonhos, porque
mesmo que você não esteja presente neles, eu pensarei: meu pai ficaria feliz se
estivesse aqui.
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